23 de setembro de 2011
20 de setembro de 2011
Do desejo
Existe a noite, e existe o breu.
Noite é o velado coração de Deus
Esse que por pudor não mais procuro.
Breu é quando tu te afastas ou dizes
Que viajas, e um sol de gelo
Petrifica-me a cara e desobriga-me
De fidelidade e de conjura. O desejo
Esse da carne, a mim não me faz medo.
Assim como me veio, também não me avassala.
Sabes por quê? Lutei com Aquele.
E dele também não fui lacaia.
Hilda Hilst
6 de setembro de 2011
Platão
Eu sigo teus rastros mas não te encontro.
E... apesar do desencontro, no caminho, eu me encontrei.
Falei do tempo, das marcas, saudades e desejos.
Mas ainda me falta alguma coisa. Talvez seja você.
Desde de quando sigo teus passos? Desde que teu olhar me desnudou. E me mostrou essa que hoje eu teimo em ser.
Essa que é tua, que é minha, que é doce, feroz e livre.
No caminho vamos acabar nos (re)encontrando. Eu e você. Eu sei.
Mas, eu, mudada, talvez não te queira como hoje. Ou talvez queira muito mais!
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