30 de agosto de 2011

Decreto-lei



Decretei:
Hoje eu sou a mais feliz todo dia;
Amar e amar-me incondicionalmente; Cada detalhe da minha personalidade instável. E cada detalhe do outro;
Amar cada nunce, cada palavra e cada silêncio.
Decretei também:
Pôr os pingos nos is. Sempre. Mesmo que isso custe pedacinhos da minha alma;
Que o fato de ter sido mãe inesperadamente me fez descobrir essa força motriz;
Essa força que liberta!
E por fim, decretei:
Que eu já sei interpretar meus sonhos juvenis. E o melhor, posso torná-los maravilhosamente realizáveis...

29 de agosto de 2011



Olhares perdidos, nos mares do tempo. Tempo que passa, tempo que vai.
Desejos contidos, secretos tormentos. Desejo que passa, desejo que vai.
Sorrisos antigos, largados ao vento. Sorriso que passa, sorriso que vai.
Tua destreza não passa. Minha incerteza não vai.

23 de agosto de 2011

Questiono-me, logo existo



É quando tudo acalma por dentro e por fora que sai alguma coisa através dos dedos.
Essa arte de escrever para si consiste num exercício constante de uma implacável honestidade. E ser honesto consigo mesmo é bem difícil.
Não me agarro muito às teorias, pois já entendi que a única coisa permanente nesse caminho é a própria impermanência.
E, sabendo disso, eu vou fundo nos questionamentos. Como quem derruba a própria casa, para em seguida reconstruí-la. É um trabalho de Hércules reerguer tudo. Mas quer saber? Vale muito a pena.
E o melhor de tudo é que a casa é nossa. A gente arruma do jeito que quiser, que puder.
E quando estiver tudo assim, no seu devido lugar, senta-se pro merecido descanso e então que vem aquela sensação de que não há maior plenitude que ter sob as mãos as rédeas da própria vida.
Só o que ficou igual é que minha palavra favorita ainda é livre-arbítrio!