Let her go

Tô  de expectadora da minha vida. Tenho acompanhado tudo de fora, não tô cabendo nela.
A vista daqui é mais calma, confesso. Acontece que fui engolida por essa dinâmica maluca e soltei da minha mão. A que ficou no meio do caos ainda tá lá tentando lidar com tudo, enquanto EU pairo aqui nesse limbo sentimental.
Tem hora que parece que a gente ficou maior que a nossa vida. E dá um trabalho danado encolher de novo.

Tenho buscado, com vontade, transformar em palavras esse mar de sentir de me invadiu de uns tempos pra cá. Estou, faz um tempo, num curso intensivo de autoconhecimento e isso tem ampliado meus horizontes de maneira antes impensada.
Agora, além de saber, tenho procurado praticar o que (acho que) aprendi e é exatamente nesse momento que eu descubro o quanto apreendi de verdade. Porque penso que o conhecimento que não causa mudanças efetivas na nossa maneira de agir nos serve muito pouco.
Minha maior vitória foi diminuir a autocensura (ou vaidade) para poder deixar fluir o que está aqui dentro. Eu descobri que a melhor maneira de entrar em contato comigo é me escrevendo.

Lamento

Mas ela nunca aprendeu a lição que o tempo insistiu em lhe ensinar: "nunca abra abra demais seu coração. ele sempre corre o risco de rasgar." E só quando rasgava é que a lição lhe vinha à memoria.

Desvio

Meu verso se perde no trajeto entre o coração e a mão direita.

Bagunça

O mundo me dá todo esse sentir e diz: te vira
Eu viro e olho pra ele
tão cheio de si..
Só penso que preciso arrumar essa bagunça
- daqui de dentro -
Tão dentro e tão profundo que nem eu me enxergo
Melhor olhar para fora e.. arrumar logo essa bagunça.

Vamos?

Vamos andar nos horizontes, riachos
florestas..
Vamos viver fazendo
aqui e acolá
fazendo a diferença
com amor
Vamos, vamos aprender juntos
como viver do nosso jeito.

Desprezo

Eu não gosto do que não tem alma.
Daquele vazio triste..
Onde nem a verdade consegue brotar.