26 de maio de 2011
Em todos os cantos da casa tem eu.
Em cada esquina que eu passo, me flagro.
Estou em toda parte. Estou completa em mim.
Hoje, sou-me inteiramente.
Eu, que vivo de lado, sou à esquerda de quem entra.
E estremece em mim o mundo...
Quem me acompanha que me acompanhe:
a caminhada é longa,
é sofrida,
mas é vivida.
Clarice Lispector
25 de maio de 2011
É extraordinária essa bondade sábia da vida. Como ela cuida dos caminhos da gente e nos põe no colo para aquele cafuné que, vez ou outra, precisamos. Porque mesmo quando se é mãe, a gente ainda precisa de afago.
Não cortaremos os pulsos, ao contrário,
costuraremos com linha dupla todas as feridas abertas.
Lygia Fagundes Telles
24 de maio de 2011
19 de maio de 2011
18 de maio de 2011
"Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão; tranquilidade e inconstância; pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer..."
Tem dias que só Clarice pode comigo!
15 de maio de 2011
Os olhos perdidos no horizonte denunciavam que o pensamento ia longe.
Era um daqueles momentos seus. E o sorriso sutil no canto dos lábios diziam da alegria da lembrança. E sim, ela lembrava... Lembrava de como as coisas tinham acontecido desde o início. E de como aprendeu desde então.
Era confortante pensar nos primeiros dias, onde tudo era novo, onde tudo era esperança.
Os olhos perdidos no horizonte se fecham, denunciando a prece que ela gosta de fazer quando o coração está tão cheio de paz.
Era um daqueles momentos seus. E o sorriso sutil no canto dos lábios diziam da alegria da lembrança. E sim, ela lembrava... Lembrava de como as coisas tinham acontecido desde o início. E de como aprendeu desde então.
Era confortante pensar nos primeiros dias, onde tudo era novo, onde tudo era esperança.
Os olhos perdidos no horizonte se fecham, denunciando a prece que ela gosta de fazer quando o coração está tão cheio de paz.
9 de maio de 2011
4 de maio de 2011
Vez em quando faço um "exercício" particular. Olho-me no espelho e procuro ver mais que o corpo físico, vejo minh'alma.
E é ai que tudo acontece.
Estranho-me. Questiono-me. Surpreendo-me! Como pode? Um ser, aparentemente, tão frágil tornar-se tão forte, tão destemida?
Aí, sem que eu possa deter, a leoa que me habitava, transforma-se em pequenino e indefeso passarinho, que tem como única arma seu canto, contra as agruras da vida.
Ou, ainda, vejo-me em felina. Independente, auto-suficiente.
Às vezes, ainda, reconheço-me lagarta. Feia, insegura e triste. Me enclausuro, (quase) sozinha, num quarto escuro e adormeço.
Para num belo dia, romper meu próprio casulo e libertar-me, leve, em busca de novos horizontes, novas experiências. Saio em cores, em vôos livres pelo céu afora.
Até encontrar-me, novamente, diante de um espelho...
3 de maio de 2011
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